terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Eu que não fumo, acendi um cigarro

Bom dia, meu Amor.
Hoje,
é o nosso aniversário.
14 anos de casados.
Para matar a saudade
que aumenta a cada dia,
você colocou a nossa música.
Não esqueço,
quando disse ao meu pai:
“Não vou pra escola”
Não tive escolha,
fui arrastado pela mochila,
e lá encontrei
aquela menina de cabelo cacheado,
brincando no parque.
Era você.
Foi o destino.
Foi amor inocente,
de criança que mal se conhece.
Anos depois…
Eu que nunca gostei de café,
estava lá,
naquela cafeteria.
Quando voce entrou,
meu coração deu duas batidas,
uma parada,
e um suspiro.
Foi o destino.
Te segurei forte,
como se você fosse o meu mundo.
E mais tarde
você disse que era.
E você foi,
minha melhor amiga,
meu primeiro amor,
mãe da minha filha,
amor da minha vida.
Semana passada,
você que nunca gostou de Shakespeare,
sentou no meu colo,
começou a ler “O menestrel”.
Parecia querer me dizer algo.
No dia seguinte,
você me puxou,
beijou,
e disse:
“Você faz o melhor café do mundo”.
Você que nunca gostou do meu café.
Parecia querer me dizer algo.
Então,
eu sorri,
fechei os olhos,
e sem aviso prévio,
vitima de um enfarte fulminante aos 37,
eu parti.
Foi o destino.
Se eu soubesse
que aquele seria o último sorriso,
o último beijo,
o último abraço,
o último cheiro.
Eu teria prolongado ao máximo
o último momento.
Respirado bem mais profundo
para guardar pra sempre
o seu perfume.
Foi o destino.
Ele é capaz disso.
Unir e separar.
Mesmo ele sendo tão forte,
é incapaz de fazer você esquecer,
de uma pessoa,
que por algum momento,
foi o amor da sua vida.

(by: http://www.thebrocode.com.br/artigo-203-bom-dia-meu-amor/)

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