segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Se eu fosse eu?

Se eu fosse eu qual seria meu nome? Quantos anos teria? Onde moraria? O que estudaria? Teria as mesmas amigas? Seria dessa família? Construiria minha história dessa maneira? Gostaria das mesmas coisas? Iria para os mesmo lugares? Ouviria as mesmas musicas? Leria os mesmos livros? Se eu fosse eu eu seria quem eu sou, quem eu acho que sou ou quem as pessoas veem? Se eu fosse eu o que eu faria? Como eu me comportaria? Para onde iria? O que pensaria? Se eu fosse eu, quem eu seria?

O que me prende?

Prender, verbo transitivo. Prender-se a algo ou a alguém. O que ti prende? O que me prende? Eu estou presa aos meus erros, aos acertos, ao medo, as histórias, ao passado, ao presente, estou presa a família, aos amigos, aos amores, a sensação de liberdade, ao desejo de querer respeito, aos sonhos, a Deus, a vontade de viver... Eu estou presa aos pensamentos, ao que aprendi, ao que vou aprender, ao que nunca aprenderei, aos preconceitos, as modernidades, as idéias, aos ideais, ao paladar, tato, olfato, audição, visão... Estou presa ao que leio, a vontade, ao dinheiro, ao tempo, aos sentimentos, aos objetivos, a casa, a Recife, a Pernambuco, ao Brasil, a lingua portuguesa, ao Planeta Terra, aos caminhos para crescer na vida, ao fato que um dia serei adulta, a Nassau, a Naza, a IPE, a Escola do Recife, ao Pingo de Gente, ao Trenzinho, ao Nosso Paraíso... Estou presa as cartas, as fotos, aos vídeos, aos cursos, a ter pra onde voltar, ter a quem recorrer, ter um porto-seguro, a sensação de segurança, ao ontem, ao hoje e ao amanhã... Estou presa em ambos os sentidos da palavra, estou presa e aprisionada, estou presa pertencendo, mas, principalmente, estou presa e tenho pressa...