sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Delusion...

Prometi a uma best (lê-se: amiguinha) minha que caso ela comentasse no blog, eu explicaria o motivo de gostar tanto de uma certa música que ela detesta, como não quero deixar pendência em 2011, buscando na net encontrei um certo texto que diz tudo...

ALUCINAÇÃO
(Leonardo)
*Comentários: Aninha (estrofes 1 e 2), Marisol (estrofe 3)

Tentei me proibir de pensar em você
mais como desistir
do que eu mais quero ter.Não deu certo
uma vez
e nunca mais vai dar,depois do que me
fez
não era pra eu te amar.Ah, meu amor...
que raiva que me dá!


Assim como a Marisol abaixo, existem pessoas que por mais mal que tenham ti feito, você não consegue deixar de amar, não consegue parar de pensar, mesmo sabendo que não há futuro, que está fadada ao fracasso ou as vezes, nem há uma possibilidade de falar em futuro, pois, a pessoa que já fez parte da sua vida, agora só povoa sua memória.

Madrugada solidão parece estar vindo
alguém virou alucinação
olho e não vejo ninguém,quanto mais eu
tento te odiar
mais te quero bem...Dizem que amar é
sofrer isso nunca vai mudar,
quero algo pra beber pra acabar de
arrebentar
acho que nasci pra te querer
e me machucar...
e me machucar...


Então, você ganha o mundo para esquecer, mas, quando fica sozinha com seus pensamentos, vem todas as lembranças, como um devaneio que já deveria ter sido deixado para trás a muito tempo, não dá para não sonhar com tudo aquilo que viveu, como uma obsessão, uma incapacidade de seguir em frente, mesmo que isso só ti faça sofrer mais, já tornou-se parte do seu ser, no sentimento está intrínseco a dor e você procura alternativas para vencer essa loucura, como as pessoas buscam o ópio.

Não deu certo uma vez e nunca mais vai
dar,
depois do que me fez não era pra eu te
amar.
Ah, meu amor...que raiva que me dá!


O texto abaixo que ele resume toda essa estrofe:

Bem, existem coisas fadadas ao fracasso e o meu relacionamento com Bernardo é a síntese disso. Hoje tenho 24 anos e quando penso no assunto sofro como há 08 anos. Só conto a partir do momento que nos encontramos, mas tudo começou muito antes. Apesar de nunca termos sido namorados, foi com ele que cheguei mais próximo de um namoro. Contava as horas para falar com ele na internet, falávamos por telefone, brigávamos e ele mandava torpedos fofos pedindo perdão e dizendo que não conseguiria ficar sem mim, ele sabia toda a minha rotina, meus medos, meus anseios, foi a ele que me mostrei por inteira, que revelei minha alma, sem defesas, sem disfarces. Com ele não havia insegurança ou vergonha, só uma certeza louca que não me permitia dizer não, uma inconsequência que bloqueava qualquer trabalho da minhas consciência. Ele me ensinou a confiar em mim, a acreditar que eu era capaz de fazer alguém se interessar, que era muito bonita e que, principalmente, eu podia ser amada. Tudo o que ele me pedisse seria feito sem questionamento, aprendi a correr riscos, a sentir adrenalina, foi nesse momento que deixei definitivamente a infância. Infelizmente, ao acordar do transe, naquele momento em que percebi que não importava o que eu fizesse ele me deixaria e mesmo sob os protestos de que era tudo neura da minha cabeça, foi nesse momento que o sonho se desfez, que me coração se partiu em
pedaços incapaz de serem colados, que o mundo deixou de ser rosa pra ficar desbotado. Foi aí que eu medi as consequências dos meus atos, que eu senti vergonha, medo, que fui julgada e me julguei, como Eva no Paraíso foi nesse momento que percebi que estava nua e procurei me vestir antes de encontrar o Criados, pois havia acabado de comer a fruta proibida seduzida pela serpente e conseguido o conhecimento da vida, foi quando percebi que fui usada todo o tempo, que nunca houve sentimento, que não havia sido verdadeiramente amada, que não havia passado de um brinquedinho novo que logo seria trocada pela boneca antiga preferida. Foi aí que senti raiva, ódio da minha ingenuidade, da minha inocência, quando decidi que ninguém mais me faria de trouxa outra vez, que não havia pessoa no mundo que me fizesse derramar tantas lágrimas novamente, foi quando me questionei, argumentei, neguei, afirmei e setenciei um trauma que carregaria pelo resto da vida. Mesmo assim ele nunca me provocou sentimentos ruins, só uma saudade, a esperança de que voltaria, de que tudo não havia passado de um mal entendido. Mas o tempo passou e as expectativas foram frustradas, parei de o procurar em cada rosto, em cada boné vinho, parei de pensar nele. Consegui viver na minha clausura de forma natural, sem perguntar como tudo havia ficado daquele jeito, permiti a vida me levar e me fechei para os sentimentos, criei uma casca em mim que me protegeu por bastante tempo do mundo e, principalmente, daquele eu apresentada a mim através dele. Porém, como diria Cássia Eller "Deus é um cara gozador, adora brincadeira", o vi na rua e passei por novo redemoinho de emoções, sofri tudo novamente, revi um sentimento adormecido e naturalmente me questionei pela volta da paixão fulminante, pelo que havia me tornado, pelo sofrimento intrínseco e por ser inegável uma Marisol que divide sua história como antes e após ele.
(by: Marisol Pimenta)

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