domingo, 30 de novembro de 2014

Lá vem o Chaves, Chaves, Chaves...

"Alô, pessoal do céu! Preparem um belo sanduíche de presunto, um suco de limão, que pareça tamarindo e tenha gosto de groselha, coloquem o filme do Pelé para passar no telão, um bilboquê novinho e um pirulito desses bem grandões. O Chavinho está voltando para casa. Agora vai, finalmente, ser apresentando para os pais, ganhar uma roupa nova, poder dormir em uma cama bem macia e jogar futebol com uma bola de nuvem. Agora não tem mais piripaque, brinquedo velho, pipipipi ou cascudo na testa. Podem avisar em Tangamandapio que o Jaiminho já reencontrou o seu velho amigo. Seu Madruga também está feliz, pronto para continuar com as aulas de boxe. Avisem também, lá na Vila, que o Sr. Barriga pode entrar sem se preocupar com qualquer acidente, que a dona Florinda precisa contratar um novo garçom para o restaurante e para o Professor Girafales que, infelizmente, terá que retirar o nome do Chaves da chamada na escola. Tratem de dizer ao Quico e a Chiquinha para tirarem essa tristeza dos olhos e se lembrarem da promessa que fizeram: despedir sem dizer adeus jamais. O Chavinho está bem, brincando com o Godinez no carrossel e jogando ioiô com os anjos em uma praia como a de Acapulco, um verdadeiro paraíso, muito diferente da casa da bruxa do 71. Quem não está muito bem aqui sou eu, revendo as suas histórias, olhando o seu barril vazio e morrendo de saudades. Meu amigo de infância colocou a trouxinha nas costas e se mandou. Eu sei Chaves, foi sem querer querendo, mas hoje, pela primeira vez na vida, você não me fez sorrir. Está perdoado. Vá com Deus garoto. Nos revemos daqui um tempo. Que travessura a sua, nos deixar assim tão de repente. Tinha que ser o Chaves mesmo."

(Autor Desconhecido)

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