Elisângela despertou do transe... Cinco dias sem internet pareciam cinco milênios, começava a achar que o tempo corria muito mais devagar, em câmera lenta... Isso era tão chato... Voltar a viver na época das cavernas, foi essa a impressão... Teve crise de abstinência, fazia tempo que não se considerava viciada virtual... O vício voltou com força total... Aff... Durante as cinco décadas sem eletricidade, arrumou as coisas no seu armário! Surpresa! Encontrou seu antigo diário, o que foi substituío pelos blogs da vida... Leu algumas páginas, um monte de baboseiras, sobre antigos amores, antigos amigos, antigos segredos... Lembrou de A Lista de Oswaldo Montenegro, começou a cantar. Sua colega de quarto, gritou: Não sabia que gostava desse velhote! Na sua mente, falou: TANTA COISA SOBRE MIM QUE VOCÊ NÃO SABE! Mas, na realidade, só saiu, um: Não gosto, só acho a música bonitinha... Teve raiva de si... Sua mãe dizia que as mulheres eram cebolas, cheias de camadas... Começou a pensar que levou esse ditado muito literalmente... Ligou a tv e viu um filme que adooooorava na infância, pausa pra o retorno ao passado... Uma pequena reflexão: as coisas hoje em dia são muito tecnológicas, mas, o bom era no passado, onde havia mais coração... Se achou careta. Isso era que dava a banda larga entrar em manutenção. Pensou que tava começando a pensar igual a sua mãe. Para exorcizar o espírito de velhice, ligou o computador e conectou a internet.
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