terça-feira, 15 de junho de 2010

Num reino (nem tão) distante...

Num reino muito distante, um povoado vivia tranquilamente, porém, um dia notaram que sua rainha não olhava para aquele lado e que a qualquer momento eles seriam invadidos, então, resolveram protestar. A rainha estava viajando e quando soube do protesto, se enfureceu e para aquele povoado, se tornou uma ditadora, mandando dividir o povoado ao meio para evitar maiores revoluções. As pessoas reclaram, esperniaram, mas, de nada adiantou, ninguém conseguia acalmar o coração da rainha. O povoado se dividiu e como castigo, eles deveriam se organizar e montar um exército, pois, ninguém do reino poderia ajudá-los a se defender. As pessoas que viviam do lado esquerdo do rio, se organizaram calmamente, se ouve intrigas e confusões, ninguém notou, eles eram um povo festeiro. Já as pessoas do lado direito, resolveram inovar, disseram que não fariam nada, queriam mesmo fazerem parte do outro reino e quando estava tudo decidido, alguém lembrou que muitos morreriam se ninguém lutasse. Os súditos se organizaram, e quando alguns deles foram trabalhar em outra cidade, eles escolheram três líderes. Esses líderes ficaram de separar os súditos em área do exército, mas, nunca esperavam a noite para estar todo mundo concentrado, eles nem se preocupavam com aquelas pessoas que tinham o que fazer e trabalhavam fora, quando bem entendessem chamavam quem estava por perto e fingiam que lideravam. Um súdito apaixonado por uma das líderes, era o bobo da corte disfarçado, mas, ninguém sabia e a função dele era explicar aos demais o que acontecia nesse lado do povoado. Na véspera da visita da rainha, as líderes resolveram esperar todo mundo para a reunião e nessa reunião ela escolheu dez arqueiros para ficarem na frente, e não ouviram os protestos dos que diziam que a rainha não queria arqueiros e pediam para diminuirem este número, além disso não havia arcos suficientes. As líderes afirmando que não havia armas suficientes e havia muitas pessoas nos outros lugares do exército, deixaram os dez para se virarem. Dos dez, seis se reuniram e colocaram uma para poder tentar organizar. A súdita que ficou com a organização dos arqueiros, penou, mas, deu um jeito de todos ficarem na frente. Chegou o dia da visita da rainha, os arqueiros estavam ansiosos, pois, sabiam que seriam os mais prejudicados, as líderes sumiram e só apareceram algum tempo depois, quando a rainha já estava impaciente, começou a explanação sobre a organização na guerra, a rainha ignorava como podia os arqueiros, quando terminou a parte deles, começou a explanação das líderes, cada uma tinha três armas em punho e os outros súditos possuiam cada um sua arma e ainda sobrou. Os arqueiros foram injustiçados, o bobo da corte que estava entre eles culpou quem mais tentou organizá-los, as líderes depois criticaram os arqueiros por todos terem batido o pé e aparecido, os desorganizados foram eles, mas, ninguém lembrou que eles protestaram, e que eles foram o que possuiam menos recursos e menos tempo e mesmo assim fizeram algo, as líderes foram aclamadas, o bobo da corte como um cachorrinho ficou do lado de quem o tinha usado para se amostrar, as que ficaram com raiva, foram tidas como rebeldes sem causa. No final das contas, o objetivo da rainha de desestabilizar foi conseguido.

Moral da história: Quando há líderes que só olham pro próprio umbigo e bobos da corte que não enxergam um palmo na frente do nariz, aqueles que querem o melhor e são éticos, acabam hostilizados.

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