CARTA ABERTA sobre o julgamento do caso MARISTELA JUST (Fórum de Mulheres de Pernambuco)
Em abril de 1989, a estudante Maristela Just, então com 25 anos, foi assassinada pelo seu ex-marido José Ramos Lopes Neto, que também tentou matar os dois filhos, à época com idades de 2 a 4 anos e o ex-cunhado, que tentou impedir os disparos.
Naquele ano, o movimento de mulheres foi às ruas pedir sua condenação e, diante das circunstâncias do crime, assim como toda a sociedade pernambucana, esperávamos que José Ramos Lopes Neto, assassino confesso, fosse julgado e condenado. Mas não houve julgamento e muito menos condenação.
O Poder Judiciário libertou o acusado um ano após sua prisão em flagrante e tardou 21 anos para levar a julgamento o réu confesso José Ramos Lopes Neto, comerciante e filho do famoso advogado criminalista pernambucano Gil Teobaldo.
Passados todos esses anos, o sentimento de insegurança para as mulheres e de impunidade para criminosos continua sendo a tônica para esse e outros casos de violência contra a mulher.
Para que a justiça se realize e o crime não prescreva estamos em vigília pelo fim da impunidade durante todo o período do julgamento do caso Maristela Just.
Queremos justiça! Isenção no julgamento e a condenação de José Ramos Lopes Neto por assassinato de Maristela Just e pela tentativa de homicídio de seus filhos e cunhado!
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QUANTAS MARISTELAS TERÃO QUE MORRER PARA OS JOSÉS COMEÇAREM A SER PRESOS???????
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